Sam Maloof (Homenagem)

Samuel Solomon Maloof

Filho de pais libaneses migrados para os EUA, Sam Maloof (24 de janeiro de 1916 – 21 de maio de 2009 ) é o mestre autodidata do mobiliário contemporâneo, tendo criado peças atravessando o século vinte que combinam arte e design com a necessidade de conforto. Seu nome é conhecido pelos marceneiros e artesão da América e ao redor do mundo.

Seu estilo único foi desenvolvido de forma gradativa e constante durante décadas de trabalho, como resultado, sua mobília tem aparência clássica, eterna e de forma diretamente relacionada com a sua aplicação e uso. Evolução e não revolução é a marca registrada do seu estilo.

Uma coleção dos seus trabalhos podem ser encontrados nos principais museus americanos, incluindo o Metropolitan Museum, The Los Angeles County Museum of Art, The Philadelphia Museum of Art e Smithsonian American Art Museum. Suas famosas cadeiras de balanço já foram adquiridas pela presidência dos Estados Unidos da America, Jimmy Carter e Ronald Reagan, além de outras celebridades.
Comentando sobre sua técnica de acabamento, encontrei no fórum Marcineiros e Bricoleiros as passagens abaixo, muito provavelmente extraídas de algum livro ou entrevista, as quais re-escrevo a seguir.

"... o uso de mistura de óleo com verniz faz parte (entre outras) da técnica chamada nA Matriz de "Acabamento Sam Maloof" - Sam Maloof, recentemente falecido, tendo sido la provavelmente o mais afamado marceneiro do século passado, suas cadeiras de balanço cotadas na faixa de dezenas de milhares de dólares.

A técnica, como descrita pelo Grande Mestre, consiste em:

It is a mixture of one-third linseed oil, one-third raw tung oil, and one-third semigloss urethane varnish. I apply it generously and then rub it off completely so there isn't a wet spot left anywhere. I let it sit overnight and then add another coat. The process is repeated about 4 times. Then I make a batch of finish that is half linseed oil and half tung oil with some shredded beeswax mixed in. I put two coats of that finish on, and the chair's finished, ready to be used."

Ou seja, traduzindo livremente, "e' uma mistura de 1/3 de óleo de linhaça, 1/3 de óleo de tungue cru e 1/3 de verniz uretanico." (Ele utilizava semi-brilho, porque seus moveis eram em madeira escura. Em madeiras claras, consta, melhor usar o brilhante, para evitar escurecimento dos veios, e moderar o brilho, querendo, reduzindo um pouco a esfregação/polimento.) "Eu aplico essa mistura generosamente e então a removo, esfregando/polindo completamente" (com um pano seco e limpo) "ate que não sobre nem um lugar ainda úmido. Aguardo de um dia para o outro e então aplico outra demão. Repete-se o processo umas 4 vezes. Então, faço uma mistura de metade óleo de linhaça e metade óleo de tungue com alguns farelos de cera de abelha adicionados. Aplico duas demãos deste acabamento, e a cadeira esta acabada, pronta para ser usada."

A justificativa do uso da técnica é que o acabamento com óleos é muito utilizado nA Matriz porque é fácil de aplicar com qualquer tempo, sempre fica homogêneo, não escorre, não mancha, não acumula, não fosqueia — ao contrário dos vernizes. No entanto, o acabamento com óleo exige muito maior manutenção, porque o óleo tende a “desaparecer” com o tempo, demandando constantes reaplicações periódicas. O verniz entraria como um “fixador” nas camadas de base, e a cera nas últimas demãos para “calibra” o brilho."

Fonte: http://marceneiros-e-bricoleiros.forums-free.com/verniz-com-oleo-de-linhaca-t3365.html




"There’s a lot of work
being done today that
doesn’t have any soul in
it. The technique may be
the utmost perfection,
yet it is lifeless. It
doesn’t have a soul.
I hope my furniture has a
soul to it."




Conheçam mais sobre os trabalhos de Sam Maloof nos links abaixo, eles não esgotam a sua biografia mas dão uma boa idéia da sua vida e obra.

Fundação Maloof:

Sam Maloof no Wikipedia:

Continuadores do seu trabalho:

Smithsonia American Art Museum:

Agência NPR de notícias:

Livro de fotos on-line:

Artigo no site finewoodworking:

Blog Woodworking Magazine

Depoimento de David J. Marks (Marceneiro):

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